quarta-feira, 27 de julho de 2011

OBRIGADO MEU DEUS


Boa noite !

Acabei de pegar os resultados dos meus exames de rotina que faço de 4 em 4 meses.Confesso que todas as vezes pegar os resultados não é algo fácil pra mim.
Medo, ansiedade são sentimentos que sempre passam pela minha cabeça e assim sofro todos os dias que antecedem os resultados.
Hoje acabei de pegar os resultados dos exames que fiz o mês de Julho/2011 e graças a Deus mais uma vez ganhei um presente...


CD4 MAIOR QUE NO ULTIMO EXAME = MINHA IMUNIDADE BOA
CARGA VIRAL ZERO = QUANTIDADE DE VÍRUS IDETECTAVEL NOS EXAMES


FELIZ , FELIZ E MUITO FELIZ.

Obrigado Deus por tudo e principalmente por mais essa felicidade.

Abraço a todos!!

Anjo Gabriel

quarta-feira, 20 de julho de 2011

FELIZ DIA DO AMIGO


O QUE UM AMIGO PODE???

Eu não posso acabar com todos os seus problemas, duvidas ou medos, mas posso ouvir você e, juntos, podemos procurar soluções.
Eu não posso apagar as lágrimas e as dores do seu passado, nem posso decidir qual será seu futuro, mas no presente, eu posso estar com você no que precisar de mim.
Eu não posso impedir que você caia, mas posso oferecer minha mão para você agarrar-se e levantar-se
Suas alegrias, seus triunfos, sucessos e felicidades não me pertencem, mas seus sorrisos e risos constituem em um dos meus maiores bens.Não de minha alçada tomar decisões por você, e nem posso julgar as decisões que você toma, mas eu posso apoiar, encorajar e ajudar se me pedir.
Eu não posso traçar ou impor-lhe limite, mas posso apontar-lhe caminhos alternativos, procurar com você medidas de crescimento, formas de se encontrar, meios de ser você mesmo, sem medo de rejeição.
Eu não posso salvar seu coração de ser partido pela dor, pela mágoa, perda ou tristeza, mas posso chorar com você e ajudá-lo a juntar os pedaços.
Eu não posso dizer quem você é ou como você deveria ser.
Eu só posso dizer que TE ADORO e ser se
AMIGO!!!!

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DESCOBERTA DE ANTICORPOS QUE ATACAM HIV


Cientista estudou sangue de pessoas que contraíram o vírus, mas não têm sintomas.
As moléculas do sistema imunológico de algumas pessoas que são capazes de neutralizar o HIV têm uma origem comum no DNA, mostra uma nova pesquisa.
A descoberta foi feita por cientistas dos EUA e da Alemanha estudando voluntários que contraíram o vírus, mas não apresentam sintomas da doença.
Desenvolvendo um novo método para identificar anticorpos -proteínas que atacam micróbios invasores no organismo- os pesquisadores descobriram 576 tipos diferentes dessas moléculas.
E a surpresa: todas elas, apesar de marcadas diferenças, eram extremamente agressivas contra o HIV e tinham origem em apenas dois trechos distintos de DNA.
Já se sabia que alguns anticorpos humanos eram capazes de neutralizar o HIV, mas um estudo sobre o novo achado, publicado hoje na revista "Science", é o primeira a dar uma pista sobre como o sistema imune os fabrica.
"Descobrimos que existe uma certa similaridade entre as respostas imunes de diferentes pessoas, que usam o mesmo anticorpo inicial para produzir os anticorpos que neutralizam o HIV", diz Michel Nussenzweig, brasileiroque trabalha na Universidade Rockefeller, de Nova York, e é coordenador do estudo.
"Achamos isso estranho e interessante, porque as respostas imunes costumam ser muito diversificadas na maioria das pessoas."
Isso era uma barreira para cientistas que pretendiam usar esses anticorpos como inspiração para produzir uma vacina. Sem saber a origem das moléculas, era difícil saber como "provocar" o sistema imunológico da maneira correta para produzi-las.
Agora, além de ter uma pista sobre como o corpo começa a produzir essas moléculas, Nussenzweig e colegas conseguiram determinar melhor como elas são.
Ao analisar com detalhe a estrutura de um dos anticorpos obtidos, viram que ele é capaz de atacar o calcanhar-de-aquiles do vírus: o pedaço da carapaça do HIV que se gruda nas células humanas antes de atacá-las.
Se pesquisadores descobrirem a molécula do vírus que desencadeia a produção desse anticorpo, isso poderia ser traduzido em uma vacina.
"Estamos tentando achar outros anticorpos com essa característica, porque talvez seja preciso mais de um para isso", diz o cientista.
A produção de uma vacina a partir dessa ideia ainda pode estar muitos anos à frente, mas a descoberta anunciada hoje pode ganhar outro tipos de aplicação. Segundo Nussenzweig, usando engenharia genética é possível clonar os superanticorpos para usá-los diretamente como agentes terapêuticos.
"Os anticorpos que identificamos são mais potentes do que os que já eram conhecidos e são muito abrangentes, capazes de reconhecer 90% das linhagens de HIV registradas", diz. "Não sabemos ainda se o uso direto dessas moléculas pode ajudar em terapia para soropositivos, mas é possível que sim."

Folha de São Paulo: 15.07.1

segunda-feira, 11 de julho de 2011

SÓ POR HOJE


Boa noite !
Li esse textos e achei ele bastante tocante e resolvi cometa-lo, espero que curtam e reflitam assim como eu refleti.
Diz o seguinte:


Só por hoje, procurarei viver o dia que passa, apenas, sem tentar resolver todos os problemas da minha vida inteira. Por doze horas, apenas, poderei executar qualquer coisa que me encheria de pavor se tivesse de realizá-la pelo resto da minha vida.
Ao ler esse trecho confesso que relembrei momentos difíceis da minha vida, momentos estes que achei que não conseguiria viver o agora e que o hoje seria muito difícil e confesso que por muitos instantes tive o pavor de não conseguir.


Só por hoje, me sentirei feliz. Farei verdadeira aquela frase de Abraham Lincoln: "Muita gente se sente feliz só porque se convence de que o é".

Muitas vezes em meio a um turbilhão de medos e pânico, tentei agradecer a Deus pelo grandioso presente do presente, a felicidade era um acontecimento de instantes e que logo ia embora, mas graças a Deus tive uma força inexplicável que depois de muito tentar me convenceu de que realmente eu poderia ser feliz. Hoje sou.


Só por hoje, procurarei fortalecer minha inteligência. Aprenderei qualquer coisa de útil. Lerei qualquer coisa que exija esforço, pensamento e concentração.

Tenho conseguido realizar isso sempre e hoje uma boa leitura se tornou uma constante na minha vida. Tem me fortalecido muito, principalmente nos momentos de solidão e vazio.

Só por hoje, procurarei me ajustar aos fatos, em vez de tentar ajustar tudo que existe aos meus próprios desejos.

Creio que isso foi o mais difícil de acontecer (me ajustar ao fato) e confesso que até hoje não é muito fácil, mas confesso ter conseguido ter uma boa convivência com ele.

Só por hoje, exercitarei minha alma de três maneiras: fazer um benefício a alguém, sem contá-lo a quem quer que seja. Farei pelo menos duas coisas que não desejava fazer, só por exercício. E hoje, se alguma coisa me magoar, não revelarei a ninguém.

Tenho tentado realizar esse beneficio a alguém, mas confesso que tenho feito muito pouco e o pouco que tenho feito entendo que recebo muito mais que a doação que faço.


Só por hoje, procurarei mostrar a melhor aparência possível, vestir-me bem, falar baixo e agir delicadamente. Não farei críticas ou tentarei corrigir nem dar ordens a ninguém, a não ser a mim mesmo.

Acho que esse ponto tem sido o mais difícil, mas confesso que hoje tento não realizar julgamentos prévios, é feio.

Só por hoje, estabelecerei um programa de ação. É possível que eu não o siga à risca, mas tentarei. Vou me livrar de duas pragas: a pressa e a indecisão.

Item difícil no dia corrido que vivemos, mas tenho procurado parar e conversar em silencio comigo sempre que posso.

Só por hoje, dedicarei uma meia hora, a mim próprio, para fazer silêncio e repouso. Durante essa meia hora procurarei divisar uma perspectiva mais clara de minha vida.

Aprendi a fazer isso todos os dias ao deitar e arrumei um amigo intimo chamado Deus.

Só por hoje, não hei de ter medo. Especialmente, não hei de ter medo de apreciar a beleza e de acreditar que aquilo que eu der ao Mundo, o Mundo me devolverá.

Difícil, pois o medo tem sido uma constante em minha vida, só que agora eu aprendi a controlá-lo. Quem manda nele sou eu hoje.


Sem dúvida a mensagem traz diretrizes que podem ajudar a todas as pessoas que querem corrigir o passo e não sabem por onde começar.

Ainda que essas atitudes sejam tomadas apenas por um dia, já é um bom começo. E o importante é começar. É dar o primeiro passo.

Se você achar difícil realizar todas as metas estabelecidas, num só dia, escolha uma delas para cada dia e procure cumpri-la.

Se julgar que deve estabelecer outras metas diferentes, faça-o, mas comece hoje.

E se lhe vier à mente a idéia de que falta tempo, estabeleça como primeira meta, disciplinar o seu tempo.

Considere que tempo é questão de escolha. Verifique o que tem feito das horas e perceberá que pode dar um jeito de arranjar uns minutos para a construção de sua paz íntima. Você merece se dar essa chance.

Aprendi muita coisa relacionada à prioridade e tempo, me permitindo e logo depois priorizando colocar dentro da minha vida a “solidariedade”.

Tente! Ainda que seja... Só por hoje.

* * *

Todas as grandes conquistas realizadas na vida dependeram de um primeiro passo, de uma idéia inicial, de uma decisão.

E completando a frase a cima: E no meu caso, de uma grande tragédia que hoje enxergo como uma grande luz que Deus colocou para que eu pudesse ser mais feliz e enxergasse melhor a vida e as pessoas. Mesmo no meio de tantos medos internos que ainda hoje me atormentam ao anoitecer.

Os grandes e nobres vultos da Humanidade, antes de serem percebidos no topo da montanha, não ficaram isentos de dar o primeiro passo.

Assim, se você deseja construir uma realidade melhor para sua vida, trace metas, elabore um programa de ação e comece ainda hoje.


Abraço.


Anjo Gabriel

terça-feira, 5 de julho de 2011

NOTICIA : Aids na terceira idade


Número de infecções pelo HIV entre idosos mais que dobrou entre 1998 e 2008, um aumento proporcionalmente maior que em outras faixas etárias.
Avôs e avós fazem sexo, sim. E, sem proteção, também pegam AIDS. De 1998 a 2008, os casos da doença entre pessoas acima de 60 anos no Brasil mais que dobraram, segundo dados de 2010 do Ministério da Saúde.
A via predominante de transmissão é por relação sexual heterossexual, em ambos os sexos.
Embora o número absoluto de casos ainda seja pequeno em comparação com outras faixas etárias, o ritmo de crescimento da doença entre os idosos é preocupante, afirma Eduardo Barbosa, diretor do DEPARTAMENTO DE DST, AIDS e Hepatites Virais do Ministério da Saúde.
Sem o hábito e, muitas vezes, sem o conhecimento de usar PRESERVATIVOS, esse grupo se expõe mais ao risco de contrair o vírus HIV, de acordo com Barbosa.

"É difícil de mudar a mentalidade dessa população. Eles ainda encaram o sexo com CAMISINHA como chupar bala com papel."

Além disso, para as mulheres o PRESERVATIVO sempre esteve associado a um método CONTRACEPTIVO. Como não estão mais em idade reprodutiva, não veem por que usá-lo.

VIDA SEXUAL ATIVA
O preconceito a respeito da vida sexual dessa população também dificulta a proteção.

"Ninguém de nós vê nossos nossos avós como sexualmente ativos, e isso dificulta o diagnóstico e o acesso à prevenção", diz Barbosa.

Os idosos têm ainda a ideia de que a AIDS é uma doença de jovens e que estão à margem do risco, segundo o infectologista do hospital Emílio Ribas Jean Gorinchteyn, autor do livro "Sexo e AIDS depois dos 50".

NÚMEROS DA AIDS NA TERCEIRA IDADE
628 casos de AIDS entre pessoas com 60 anos ou mais em 1998 1441 casos da doença nessa faixa etária em 2008.
Isso significa um aumento de 129%. Para comparação, os casos entre pessoas entre 35 e 39 anos aumentou 16% no mesmo período

O PROBLEMA EM NÚMEROS

Taxa de incidência de casos de AIDS por 100 mil habitantes em 2008
20 a 24 anos - 15
25 a 29 - 31,6
30 a 34 - 42,8
35 a 39 - 46,1
40 a 49 - 39,3
50 a 59 - 24,8
60 e mais - 7,7
Fonte: Boletim Epidemiológico DTS/AIDS 2010 do Ministério da Saúde.

DEPOIMENTO MARIA, 65

Peguei o HIV em 1988, numa transfusão de sangue.
Mas só descobri no ano 2000, quando fiquei muito debilitada. Entrei em depressão quando soube e só chorava. Não era isso que eu queria para minha vida, não imaginava que isso poderia acontecer com quase 50 anos.
Comecei a frequentar a ONG Pela Vidda. Aí que fui me sentir melhor, vi que esse já não era mais o problema mais sério da minha vida e comecei a me sentir melhor.
Mas ainda tenho medo de que alguém me olhe e diga que não sou igual; existe preconceito. Viver com AIDS tem suas suas dificuldades. Você se acha forte e no fundo aquilo incomoda. Mas dá pra viver, e eu vivo bem.
Na minha família, graças a Deus, não tive rejeição. Fui muito acolhida pelos meus filhos e netos. Eles dizem que não sou a primeira nem vou ser a última a pegar o vírus.
As pessoas acham que com o coquetel não tem mais risco. Mas ele não cura, só traz mais qualidade de vida.
Por isso as pessoas não podem se descuidar. A pessoa mais idosa tem costume diferente. Os homens acham que, com CAMISINHA, não vão funcionar mais! E as mulheres aceitam não usar.
Os idosos acham que é doença de jovem ou de quem se prostitui, mas todo mundo hoje é grupo de risco.
Para a pessoa de idade, descobrir que tem AIDS é triste e vergonhoso. No começo foi assim comigo. A gente pensa como os outros vão olhar pra gente.

DEPOIMENTO ROSA, 77
Digo para terem cuidado com o vírus, mas não conto que tenho
Meu marido me deixou quando eu tinha 35 anos e eu fiquei sem saber como me virar. Ele me batia e eu sofria muito. Na minha época, mulher não podia se separar.
Quando eu tinha uns 57 anos, me casei de novo. Conheci ele num baile da terceira idade. Depois de seis meses ele ficou doente e logo depois morreu.
Comecei a emagrecer muito e fui ao médico. Foi assim que eu descobri que ele tinha o vírus e tinha me passado.
Quando o médico trouxe o resultado do exame, meu filho caiu pra trás. Tive que acalmá-lo, e acalmei minha filha também, que só chorava. Eu não me abalei, não sei por quê. Disse: "Imagina, não vou morrer disso não, vou matar esses bichos todos!". Na época, falavam que a doença não tinha cura e matava em poucos meses. Tomo os remédios [ANTIRRETROVIRAIS] desde aquela época.
Eu falo paras minhas amigas se cuidarem. Os velhos estão mais sem-vergonha do que os moços! Todo mundo tem que usar CAMISINHA, não pode cair na tentação. Os homens da terceira idade pegam a doença e depois passam para as mulheres.
A gente pensa que não vai acontecer com a gente e muitas vezes a doença está bem perto. Quem diria que meu segundo marido tinha isso, uma pessoa de boa índole. Ninguém traz estampado na cara que tem HIV.
Hoje vou aos bailes e falo para as velhinhas tomarem cuidado, mas não conto que tenho o vírus.

Folha de São Paulo: 04.07.11

DIA ....


Hoje um dia corrido, mas um dia cheio de coisas boas!
Tive uma noite de sono tranquila, acordei bem, com saúde física, mental e bem disposto graças a Deus .
Fui ao posto pegar minhas medicações e confesso que normalmente não é um dia muito confortável , pois existe fila, gente de olhando meio que de olho virado, mas mesmo assim fui tranquilo, de bem comigo e com pensamentos positivos afinal preciso dessa medicação pra me manter vivo.
Sempre falo aos meus amigos que o coquetel é minha vida e isso é uma grande verdade.
Hoje também iniciei uma nova medicação para pressão alta ..isso mesmo ..estou com pressão arterial um pouco fora de controle...acho que deve ser a idade chegando..risos..
Essa semana , mas precisamente quinta irei realizar uma bateria de exames de controle e posso dizer que isso também me deixa um pouco ansioso, ainda mais quando tenho que pegar os resultados dos exames ..
Quero apenas agradecer a Deus por tudo que tem me dado, pela minha vida e por todos os obstáculos, vitorias e aprendizado.

Abraço a todos.

Anjo Gabriel.

sábado, 2 de julho de 2011

Prevenção reforçada


Durante os últimos 30 anos a CAMISINHA tem sido sozinha o instrumento mais eficaz de prevenção da AIDS, doença que já atingiu mais de 60 milhões de pessoas no mundo. Todas as outras formas de se tentar impedir o contágio pelo vírus HIV não se mostraram totalmente seguras. No entanto, nem sempre o PRESERVATIVO é uma opção disponível. E por isso mesmo a doença continua a fazer pelo menos 2,6 milhões de novas vítimas a cada ano. Em um estudo publicado na edição de hoje da revista Science, pesquisadores britânicos e americanos propõem uma alternativa para barrar o vírus entre as populações que, por alguma razão, não têm acesso a CAMISINHA - o uso combinado de vários métodos que isoladamente não são 100% confiáveis.
Segundo os pesquisadores, seria viável acrescentar ao PRESERVATIVO a vacina contra HIV mais eficiente já produzida, mas que só funciona em 31% dos casos. Além desta, usar o tenofir, um gel que extermina o vírus, mas é eficaz apenas com 39% dos pacientes, e adotar aderir à circuncisão - a retirada da pele em excesso do pênis que conseguiu baixar o índice de contaminação em 57%. Nenhuma dessas alternativas isoladas é suficientemente forte para evitar a contaminação de grandes populações. No entanto, segundo os pesquisadores, se forem associadas, elas podem ser o reforço que faltava para o controle do HIV e a queda no índice de vítimas da AIDS.
De acordo com Sheena McCormack, do Centro de Pesquisa Médica Clínica do Reino Unido, a adoção de novas técnicas de prevenção do HIV se tornou necessária depois que locais onde há pleno acesso ao diagnóstico e tratamento apresentaram aumento nos casos. "Embora o panorama geral da epidemia do HIV pareça promissor, com uma taxa relativamente estável de novas infecções, há exemplos de registros crescentes em países que têm acesso universal ao tratamento, tais como o Reino Unido", disse a pesquisadora ao Correio.
Depois que vários métodos biomédicos de prevenção apresentaram relativo sucesso, os estudiosos decidiram utilizá-los de maneira combinada. "A CAMISINHA é um problema, por exemplo, para os casais que querem ter filho, que poderiam adotar os métodos biomédicos. Como isoladamente eles não são totalmente eficazes, surgiu a ideia de combiná-los", explicou.
Para os pesquisadores, uma vacina segura e duradoura seria a forma mais eficaz de prevenir a infecção. "No entanto, os ensaios com as vacinas atuais só reduziram a infecção em 31%, o que claramente não é uma taxa boa, suficiente, para ter um impacto significativo na epidemia", relata Robin Shattock, professor do Imperial College de Londres e principal autor da pesquisa. "No entanto, a combinação de várias estratégias nos parece hoje uma opção bastante viável. Ainda não fizemos testes para confirmar nossa tese, mas com os atuais avanços nessas formas alternativas, acreditamos que é um bom momento para testar suas eficácias combinadas", completa o especialista.
Outras armas
A tese levantada pelos britânicos dá força a uma corrente de cientistas que defende pesquisas alternativas para dominar a síndrome. Em entrevista ao Correio, quando esteve no Brasil, no fim de maio, o médico francês Willy Rozenbaum, que ajudou a descrever a doença no início dos anos 1980, já havia defendido a adoção de formas complementares de proteção contra o HIV. "Se essa única forma (a CAMISINHA) fosse eficiente, já teríamos controlado a epidemia há muito tempo. O problema não é que a CAMISINHA não seja eficiente por si, o problema é que, por mais que haja campanhas, ela não é suficientemente utilizada, a ponto de barrar o avanço do vírus", afirmou.
Apesar de proporem a novidade, os especialistas lembram, no entanto, que ela não substitui o modelo de prevenção tradicional, baseado na CAMISINHA. "Pelo menos por enquanto, ela ainda fornece a melhor proteção contra o HIV", lembra Shattock. "Não devem ser abandonados os esforços para promover o uso do PRESERVATIVO. Deve-se inclusive pensar em estratégias para ampliar o seu uso. O que defendemos é abordagens alternativas para os casos onde ela não pode ser utilizada", completa o britânico.
O presidente da ONG LGBTTT Estruturação, Welton Tindade, acredita que o surgimento de reforços para a CAMISINHA são mais que bem-vindos. "O ideal é que houvesse várias possibilidades, como é hoje com a prevenção da gravidez", afirma. "A mulher que não quer engravidar pode escolher entre a pílula, a CAMISINHA, o DIAFRAGMA aquele que mais se adapta ao perfil dela. Se essa fosse uma possibilidade também em relação à prevenção da AIDS, com certeza mais pessoas estariam protegidas", analisa.
Para ele, a CAMISINHA não consegue neutralizar sozinha o avanço do vírus por falta de consciência. "Não falta informação. Todo mundo sabe que tem que usar PRESERVATIVO, o que falta é conscientização. Por mil motivos as pessoas acham que não vão pegar a doença, que não vão ficar doentes, o que é completamente errado", critica. "Também percebo que há um certo cansaço da CAMISINHA. Algumas pessoas, especialmente as mais velhas, têm baixado a guarda, deixado a proteção com o PRESERVATIVO em segundo plano."
Bom exemplo
A preocupação dos pesquisadores, que viram a AIDS aumentar mesmo em países onde há pleno acesso à prevenção e ao tratamento, é a mesma de Organização Mundial da Saúde (OMS). Recentemente a instituição anunciou que, depois de décadas de queda no índice de infectados pelo HIV, a AIDS voltou a subir entre os homossexuais. Enquanto isso, no mundo inteiro, a comunidade científica busca soluções para conter a epidemia.
Sônia Morais, 23 anos, exercita a consciência de cidadã preocupada com o avanço da doença de uma maneira simples e eficiente. Semanalmente ela e seu grupo percorrem bares, boates, festas e pontos de prostituição distribuindo PRESERVATIVOS. "Pelo menos entre as profissionais do sexo a prevenção é uma questão bem resolvida. Elas sabem que é preciso se proteger. Já houve casos em que a garota estava dentro do carro para sair com um cliente mas preferiu, antes, pegar a CAMISINHA com a gente", conta.
Para ela, no entanto, ainda é preciso melhorar o acesso ao método tradicional de proteção. "Existem centros de referência em que a distribuição funciona muito bem. Mas já houve casos relatados de TRAVESTIS que foram a postos de saúde e tiveram a CAMISINHA negada", alerta Sônia. "Esse é um problema que não pode acontecer. Se o mais difícil é conscientizar, a pessoa não pode ficar desprotegida por falta de acesso ao PRESERVATIVO por puro preconceito", reclama a jovem.

01.07.11
Site Sociedade Viva Cazuza